quarta-feira, 7 de julho de 2010

7 de julho, quatro e meia da manhã... Um soneto

Soneto a uma Velha Amiga

Havia na minha terra um gurizinho
Que adorava jogar bola na rua.
Mas adorava mais ficar sozinho,
À noite, no terraço, olhando a lua.

Ficava horas mirando-a, toda nua.
E compunha-lhe, às vezes, um versinho.
Queria, desejava que fosse sua
E que existisse até lá um caminho...

Mas cresceu o menino. Hoje, ele é poeta...
Já não vai mais ao terraço como antes,
Esqueceu da bola e da bicicleta.

Mas se lhe surge uma saudade antiga,
Vai à janela, e, olhando o céu distante,
Compõe mais uma vez para a lua amiga...

(Demétrio Cherobini)


hehehe

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